domingo, 8 de agosto de 2010

Sexo Frágil

Há dias tenho pensado nisso, mas confesso que com pouco ou nenhum ânimo para escrever. É complexo organizar palavras para expressar todos os meus pensamentos e sentimentos envolvidos acerca do assunto. Pelo menos pra mim.
O que posso dizer, de modo geral, é que não é fácil ser mulher hoje em dia. Ok, isso não é nenhuma novidade.
Ainda sou sexo frágil por consequência dessa estúpida mania de me envolver emocionalmente com ma facilidade absurda e velocidade mais ainda, ás vezes quase que como combustão, assim espontânea incontrolável mesmo.
Mentira dizer que não me envolvo. Mentira dizer que tu não te envolve também.
Me envolvo sim. E tu também.
A gente apenas reprime, inclusive para si própria.
No intuito de acompanhar a pós modernidade, surge a imagem idealizada da mulher forte, ideal para competir em um de mundo teórica ( ou seria utópica? ) igualdade entre os sexos.
E acredita-se que força é sinônimo de ausência de sentimentos.
Errado.
Errado por que não existe não sentir. Apenas o reprimir.
Já repararam no alto índice de enxaquecas nas mulher?
E de câncer então?
Eu já.
E essa maldita mania de reprimir faz mal.
Guardo tudo lá fundo. Eu não vejo, mas está lá. A raiva, o ciúmes, a esperança... está tudo lá.
E o amor.
É, ele também está lá no meio de tudo, sufocado pelo medo.
Tem gente que foge de sentir. Eu sou assim. A típica que inconscientemente (ou não) procura o difícil, o impossível e o complicado. Tudo junto, de uma vez só. E se tá bom, dá um jeito de sabotar.
Medo. Muitos medos, receios e afins. E o principal deles, obviamente, o medo - pavor - de realmente amar.
Não tem fórmula secreta pra aprender como se faz, nem frases bonitas de impacto.
Aprendi como amar depois de tanto amar errado. É toeria e prática. E cada um tem a sua. Simples assim.
E no meio dessa complexidade toda ainda tenho que ser mulher. Forte e feminina.
Coloco meu salto alto pra me mostrar mulher, mas eu gosto mesmo é de ser menina. Sempre moleca de all star.
De qualquer forma, com salto ou de all star, encaro os leões do dia-a-dia e domo o que há dentro de mim.
Ah, quer saber? Que sexo frágil o que!
Quero ver um homem ter coragem de encarar essa insana aventura de ser mulher...