terça-feira, 2 de novembro de 2010

Inconcluso

Enfim sós.
Eu e meus pensamentos.
Aqueles mesmos, dos quais tenho fugido incessantemente nessas últimas quatro semanas, pra ser mais específica.
E daqueles outros também, dos quais tenho fugido, digamos assim, quase a vida inteira.
Estranho como a vida dá voltas. E mais estranho ainda é essa minha estranheza diante do banal, do cíclico.
Já concluí, há muito tempo, que a vida é em ciclos. Pelo menos pra mim. Não sei se é assim porque insisto em cometer os mesmo erros de anos em anos, meses em meses, semanas em semanas, dias em dias, horas em horas...enfim. Adoro repetir, faço da minha vida um constante "Vale a pena ver de novo", mas não com estilo Global, e sim com aquele estilo bem novela mexicana mesmo.
Nessa nova fase me vejo já cometendo erros conhecidos. And I don't really care.
Lembro daquela frase no pulso da amiga: "ame a verdade, perdoe o erro".
Nesta exata situação tão clichê no roteiro da minha vida, estou mais uma vez me apaixonando pelo erro.
Ou não.
Quem sabe dessa vez eu acerto?!
Enfim... como diria Carpinejar, há amores que não têm mesmo fim, ficam pela metade. Assim, capenga mesmo, e que talvez jamais sejam esquecidos.
Não tenho conclusões, apenas hipóteses e teorias.
Sinceramente?
Deixem as respostas pra depois.
Agora é hora de voltar a sonhar.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Noite de Primavera

Foram-se os beijos, as carícias, os olhares e os cheiros.
Ficou apenas a lembranças de dedos entrelaçados, olhares profundos e desejos insaciados.

domingo, 26 de setembro de 2010

Grama Urbana


Saudades de sentir a grama daquele campo inteiro que eu sentia ser tão meu.
Mudanças sempre são boas. São oportunidades.
Mesmo que eu tenha essa dificuldade absurda de me desapegar a tudo aquilo que me pertence (ou não), eu sempre gostei de mudança.
I know, change is good.
Simples assim.
Mas vejo uma metarmofose cíclica, que insiste em pisar em territórios conhecidos, em enfrentar perigos não tão mais desconhecidos e teimar em dramas solitários.
Naquele tempo os saltos eram mais gostosos. Quando voltava meus pés ao chão sentia grama fresca entre meus dedos.
É, bate aquela melancolia.
Hoje aterriso com os pés descalços no verde sintético do meu quarto.
Mudanças são sempre boas... mas ainda assim, sinto saudades daquela minha grama de verão.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Inconstância

Meus sonhos não sabem te buscar mais.
Meus pés tem dúvida entre o salto e o all star.
Meus braços não tem certeza se ainda querem abraçar.
Minhas mãos soltam e apertam as tuas com uma frenética absurda que reflete essa minha indecisão.
Minha razão já não me guia mais.
Ei, certeza, onde é que você está?

sábado, 4 de setembro de 2010

Eu te deixei

Eu te deixei.
Por mais que olhes meu corpo deitado ao lado teu, não estou mais ali.
Te abanonei, larguei teu sorriso, teu abraço e teus beijos que já não me emocionam mais.
Te deixei por tantos pequenos detalhes e por uma grande razão só.
Te deixei por causa de tudo e por causa de nada.
Te deixei pelas noites mal dormidas pensando onde estavas, o que estaria fazendo e se estavas a pensar em mim.
Te deixei pelo teu descaso com o meu mais sincero riso. Por não saberes apreciar meus sorrisos, meus gestos, meus olhares e meus toques tão sutis pela manhã que invadia o quarto enquanto atirados em uma pequena cama dormiamos já não mais abraçados.
Te deixei pelos carinhos não feitos. E por aqueles não retribuidos.
E fui te deixando aos pouquinhos assim, sem tu saberes que eu estava a te deixar.
Deixei meus risos para os colegas, meus beijos para outros homens e meu carinho para amigos.
Pequenos detalhes entrelaçados bordam a razão óbvia de que te deixei porque não soubes me amar.

domingo, 8 de agosto de 2010

Sexo Frágil

Há dias tenho pensado nisso, mas confesso que com pouco ou nenhum ânimo para escrever. É complexo organizar palavras para expressar todos os meus pensamentos e sentimentos envolvidos acerca do assunto. Pelo menos pra mim.
O que posso dizer, de modo geral, é que não é fácil ser mulher hoje em dia. Ok, isso não é nenhuma novidade.
Ainda sou sexo frágil por consequência dessa estúpida mania de me envolver emocionalmente com ma facilidade absurda e velocidade mais ainda, ás vezes quase que como combustão, assim espontânea incontrolável mesmo.
Mentira dizer que não me envolvo. Mentira dizer que tu não te envolve também.
Me envolvo sim. E tu também.
A gente apenas reprime, inclusive para si própria.
No intuito de acompanhar a pós modernidade, surge a imagem idealizada da mulher forte, ideal para competir em um de mundo teórica ( ou seria utópica? ) igualdade entre os sexos.
E acredita-se que força é sinônimo de ausência de sentimentos.
Errado.
Errado por que não existe não sentir. Apenas o reprimir.
Já repararam no alto índice de enxaquecas nas mulher?
E de câncer então?
Eu já.
E essa maldita mania de reprimir faz mal.
Guardo tudo lá fundo. Eu não vejo, mas está lá. A raiva, o ciúmes, a esperança... está tudo lá.
E o amor.
É, ele também está lá no meio de tudo, sufocado pelo medo.
Tem gente que foge de sentir. Eu sou assim. A típica que inconscientemente (ou não) procura o difícil, o impossível e o complicado. Tudo junto, de uma vez só. E se tá bom, dá um jeito de sabotar.
Medo. Muitos medos, receios e afins. E o principal deles, obviamente, o medo - pavor - de realmente amar.
Não tem fórmula secreta pra aprender como se faz, nem frases bonitas de impacto.
Aprendi como amar depois de tanto amar errado. É toeria e prática. E cada um tem a sua. Simples assim.
E no meio dessa complexidade toda ainda tenho que ser mulher. Forte e feminina.
Coloco meu salto alto pra me mostrar mulher, mas eu gosto mesmo é de ser menina. Sempre moleca de all star.
De qualquer forma, com salto ou de all star, encaro os leões do dia-a-dia e domo o que há dentro de mim.
Ah, quer saber? Que sexo frágil o que!
Quero ver um homem ter coragem de encarar essa insana aventura de ser mulher...

domingo, 20 de junho de 2010

Voar sem véu

Dizem que o seu coração voa mais que avião.
Dizem que o seu amor só tem gosto de fel.

Começo com breguice clichê pra descrever aquela que acredito não possuir nenhuma de ambas características.
Muitas vezes definida assim, por frases bregas retiradas de uma música qualquer, ela não parecia se importar de carregar consigo um véu quase característico de viuva negra.
Parecia.
Só isso.
Na verdade, importava.
Mas depois de um tempo ficou mais fácil viver assim, ser assim.
Era mais conveniente.
Era.
Pois acredito ver diante de meus olhos o cansaço de carregar o véu, a vontade incontrolável de tirar a venda negra do coração e voltar a acreditar no amor.
Que o coração então voe mais que avião, voe mais alto do que qualquer e toda exata possa calcular.
E assim que alcançar o além, que o amor tenha gosto doce como mel.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Caminhos

Desânimo tomou conta de mim.
Venho fugindo dele desesperadamente nesses últimos dois anos, mas agora ele me pegou de vez.
E me faz pensar se era dele exatamente que eu estava fugindo ou se era apenas de mim mesma.
Tenho desistido facilmente, confesso.
Desisti de amar, de acreditar, e ás vezes até de ser.
Ás vezes fico ligada no automático enquanto vivo a minha realidade paralela, outras vezes desligo total com a esperança de voltar a sonhar.
Cada vez sinto mais saudade daquele mundo que não me pertence mais e então fico aqui, imóvel, olhando pro nada, na esperança de que um dia vai voltar. Mas ele não volta, eu sei que não volta.
Preciso seguir em frente, mas com esse desânimo não sei se consigo.
A mudança está vindo.
Finalmente tive coragem de fazer algo por mim, sem medo e tolos receios.
Dessa vez espero acertar e chegar lá - ou seja, quase voltar.
Quero voltar à dias mais simples, à verões onde o calor humano era mais quente que o sol e no inverno mais quente do que fogo de lareira numa tarde de julho qualquer.
Quero o simples por completo, cansei desse complexo simples.
O desânimo tá aqui, e eu deixo ele exatamente onde está para que depois eu lembre o porquê do caminho que eu escolhi.
Enquanto isso, ele segue o caminho dele, paralelo; e eu aqui sigo o meu, com a esperança que ele também saiba esperar o ponto certo do verdadeiro reencontro nesse caminho que perto de mim ele também vai trilhar.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Da Síntese à Composição

Frases soltas jogadas na tela de um computador. A síntese de emoções e sentimentos tomou conta de mim.
Tenho escrito tanto sobre amor, que passei a pensar no amor como uma possibilidade real no meu mundo, mas ainda encontro dificuldade de senti-lo em algumas áreas da minhas vida.
Afinal, nem sei se sei ainda o que é o amor.
Me sinto completamente perdida nessa insanidade de banalizações de sentimentos complexos que compõem atuais relacionamentos.
Me sinto banal.
Como me posicionar em um universo de valores invertidos?
De que adianta falar de amor e não sentir amor?
Não que eu queira mudar todo mundo com o intuito de salvar todos. Não tenho sindrome de super homem e nem quero, não tenho paciência pra isso.
Acredito que todo mundo pode e deve errar, deve conhecer os limites e ultrapassa-los sempre que desejar assim. Afinal, de que seria o mundo sem limites ultrapassados, sem pessoas que não tivessem medo de serem julgadas de loucas por estarem à frente dos seus atuais tempos modernos?
Não, não quero mudar a minha geração, de jeito nenhum.
Não sou revolucionária e nem conformista. Sou apenas um coração confuso entre tantos paradoxos conceituais.
Hoje esse coração tem necessidade de falar de amor.
E de certezas hoje tão incertas.
Alguém pode me explicar, por favor, o que é o amor?
Não quero conceitos, não quero fórmulas e palavras bonitas.
Quero expressões, sinceridade, o momento.
Cansei de sintese.
Eu quero a composição, a sinfonia expressa em cada gesto verdadeiro.
E então, tem algum voluntário apto à me ensinar a composição de amar?


segunda-feira, 15 de março de 2010

Penso logo evito

Aquele mundo sem preocupações, a vontade de viver livremente ao sabor da mais pura diversão, tudo isso deu lugar à consideração de que não preciso de alguém por perto e de que as coisas devem ser muito bem pensadas.
O conto de fadas acabou.
Tudo é matematicamente calculado e analisado.
Os prós e os contras são pesados.
E ainda assim há muito o que pensar.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Ah! O Amor...

Primeira vez que posto algo não redigido por mim,mas vale a pena
Roubei na cara de pau do Não Salvo que roubou do Não eh Amor que... enfim
tem mais no http://twitter.com/naoehamor
tá ai:

Ahhhhhh o amor…

- O amor não te faz arder em chamas. O nome disso é combustão instantânea. Amor é outra coisa.
- O amor não faz brotar uma nova pessoa dentro de você. O nome disso é gravidez. O amor é outra coisa.
- O amor não te deixa completamente feliz. O nome disso é Prozac. Amor é outra coisa.
- O amor não te deixa saltitante. O nome disso é Pogobol. O amor é outra coisa.
- O amor não te faz acreditar em falsas promessas. O nome disso é campanha eleitoral. O amor é outra coisa.
- O amor não te faz esquecer de tudo. O nome disso é amnésia. Amor é outra coisa.
- O amor não te faz perder a articulação das palavras de repente. O nome disso é AVC. O amor é outra coisa.
- O amor nao te faz sentir borboletas no estomago, o nome disso é fome. O amor é outra coisa.
- O amor não te deixa completamente imóvel. O nome disso é trânsito de São Paulo. O amor é outra coisa.
- O amor não te deixa molinho e manhoso. O nome disso é Rivotril. O amor é outra coisa.
- O amor não te deixa temporariamente cego. O nome disso é spray de pimenta. O amor é outra coisa.
- O amor não faz seu mundo girar sem parar. O nome disso é labirintite. O amor é outra coisa.
- O amor não te deixa sem chão, o nome disse é cratera. O amor é outra coisa.
- O amor não te deixa quente e te leva pra cama. O nome disso é dengue. O amor é outra coisa.
- O amor não retribui suas declarações. O nome disso é restituição de imposto de renda. O amor é outra coisa.
- O amor não leva teu café da manhã na cama e ainda dá na boquinha. O nome disso é enfermeira. O amor é outra coisa.
- O amor não te faz olhar pro céu e ver tudo colorido. O nome disso é queima de fogos de artifício. O amor é outra coisa.
- O amor não te faz ficar simpático e amoroso de repente. O nome disso é Natal. O amor é outra coisa.
- O amor não te liberta. O nome disso é ALVARÁ DE SOLTURA. Amor é outra coisa.
- O amor não te deixa à mercê da vontade alheia. O nome disso é Boa Noite Cinderela. O amor é outra coisa.
- O amor não te faz ver o mundo cor-de-rosa. O nome disso é baitolice. O amor é outra coisa.

- O amor não é aquela coisa brega, mas que te remexe todo. O nome disso é Banda Calypso. O amor é outra coisa.
- O amor não te dá a chance de mudar o que está diante de você. O nome disso é controle remoto. O amor é outra coisa.
- O amor não tira suas defesas. O nome disso é HIV. O amor é outra coisa.
- O amor não te pega desprevenido e te impulsiona para frente. O nome disso é topada. O amor é outra coisa.
- O amor não faz o coração bater mais rápido. O nome disso é arritmia. O amor é outra coisa.
- O amor não faz você dar suspiros. O nome disso é dia de Cosme e Damião. O amor é outra coisa.
- O amor não te faz ver tudo com outros olhos. O nome disso é transplante. O amor é outra coisa.

...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Black Sunglasses

Não é medo.
Mas é que é mais fácil assim.
Me deixe enxergar meu mundinho com minhas lentes distorcidas não mais tão cor de rosa.
Pára com isso, me deixa ser feliz.
A realidade é complexa demais pra mim.
Só por hoje me deixa viver aqui, é mais fácil assim...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Loopings do coração

Tenho acordado disposta a amar.
Não sei ainda quem ou o que, não sei quando, não sei onde e muito menos o porquê. Só sei que dentro de mim renasceu essa chama sedenta por amar.
Talvez tenham sido os tombos do verão que tenham me lembrado o valor que tem um coração.
A rocha aos poucos amacia, começa a mostrar novamente sua face dócil que há tanto tempo estava escondida por espinhos de amargura e rancor.
O coração já não sente mais aquela queda do abismo, ele simplesmente está disposto a caminhar.
Não precisa correr, sem pressa.
No calor desse verão, só eu sei quantas voltas e revoltas teve esse coração.
Extasiada pelas fantasias de carnaval, insiste em brincar nesse playground de amor.
Há muitos loopings nessa montanha russa que chamo de coração...