Desânimo tomou conta de mim.
Venho fugindo dele desesperadamente nesses últimos dois anos, mas agora ele me pegou de vez.
E me faz pensar se era dele exatamente que eu estava fugindo ou se era apenas de mim mesma.
Tenho desistido facilmente, confesso.
Desisti de amar, de acreditar, e ás vezes até de ser.
Ás vezes fico ligada no automático enquanto vivo a minha realidade paralela, outras vezes desligo total com a esperança de voltar a sonhar.
Cada vez sinto mais saudade daquele mundo que não me pertence mais e então fico aqui, imóvel, olhando pro nada, na esperança de que um dia vai voltar. Mas ele não volta, eu sei que não volta.
Preciso seguir em frente, mas com esse desânimo não sei se consigo.
A mudança está vindo.
Finalmente tive coragem de fazer algo por mim, sem medo e tolos receios.
Dessa vez espero acertar e chegar lá - ou seja, quase voltar.
Quero voltar à dias mais simples, à verões onde o calor humano era mais quente que o sol e no inverno mais quente do que fogo de lareira numa tarde de julho qualquer.
Quero o simples por completo, cansei desse complexo simples.
O desânimo tá aqui, e eu deixo ele exatamente onde está para que depois eu lembre o porquê do caminho que eu escolhi.
Enquanto isso, ele segue o caminho dele, paralelo; e eu aqui sigo o meu, com a esperança que ele também saiba esperar o ponto certo do verdadeiro reencontro nesse caminho que perto de mim ele também vai trilhar.
Sempre leio seus textos e acho linda a forma como você expressa as suas emoções de maneira tão sincera e íntima,mas que ao mesmo tempo qualquer um pode se identificar dentro de seu próprio universo. parabéns!
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