domingo, 26 de setembro de 2010

Grama Urbana


Saudades de sentir a grama daquele campo inteiro que eu sentia ser tão meu.
Mudanças sempre são boas. São oportunidades.
Mesmo que eu tenha essa dificuldade absurda de me desapegar a tudo aquilo que me pertence (ou não), eu sempre gostei de mudança.
I know, change is good.
Simples assim.
Mas vejo uma metarmofose cíclica, que insiste em pisar em territórios conhecidos, em enfrentar perigos não tão mais desconhecidos e teimar em dramas solitários.
Naquele tempo os saltos eram mais gostosos. Quando voltava meus pés ao chão sentia grama fresca entre meus dedos.
É, bate aquela melancolia.
Hoje aterriso com os pés descalços no verde sintético do meu quarto.
Mudanças são sempre boas... mas ainda assim, sinto saudades daquela minha grama de verão.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Inconstância

Meus sonhos não sabem te buscar mais.
Meus pés tem dúvida entre o salto e o all star.
Meus braços não tem certeza se ainda querem abraçar.
Minhas mãos soltam e apertam as tuas com uma frenética absurda que reflete essa minha indecisão.
Minha razão já não me guia mais.
Ei, certeza, onde é que você está?

sábado, 4 de setembro de 2010

Eu te deixei

Eu te deixei.
Por mais que olhes meu corpo deitado ao lado teu, não estou mais ali.
Te abanonei, larguei teu sorriso, teu abraço e teus beijos que já não me emocionam mais.
Te deixei por tantos pequenos detalhes e por uma grande razão só.
Te deixei por causa de tudo e por causa de nada.
Te deixei pelas noites mal dormidas pensando onde estavas, o que estaria fazendo e se estavas a pensar em mim.
Te deixei pelo teu descaso com o meu mais sincero riso. Por não saberes apreciar meus sorrisos, meus gestos, meus olhares e meus toques tão sutis pela manhã que invadia o quarto enquanto atirados em uma pequena cama dormiamos já não mais abraçados.
Te deixei pelos carinhos não feitos. E por aqueles não retribuidos.
E fui te deixando aos pouquinhos assim, sem tu saberes que eu estava a te deixar.
Deixei meus risos para os colegas, meus beijos para outros homens e meu carinho para amigos.
Pequenos detalhes entrelaçados bordam a razão óbvia de que te deixei porque não soubes me amar.